sábado, 8 de maio de 2010

A vida pós BBB de Juliana Góes

A ex-sister conta como é a vida de um participante do Big Brother Brasil


Os reality shows têm grande poder de lançar pessoas comuns na mídia. Neles, homens e mulheres mostram os seus costumes, qualidades e até defeitos para milhares de telespectadores, e assim tentam alcançar a fama mesmo que ela dure apenas alguns meses, e, em alguns casos, até mesmo dias.
Juliana Góes, que participou do Big Brother Brasil 8, é um exemplo do sucesso estantâneo. Antes de participar do programa, a santista, que é formada em jornalismo, fazia aulas de balé clássico e trabalhava como modelo em sua cidade natal; Até já havia iniciado a carreira internacional passando por países da Europa e da Ásia.
Nascida em uma família de classe média alta, seu currículo antes de entrar para o BBB, sem sombra de dúvida,a favoreceu após a sua saída da casa.
A ex-BBB ficou confinada na mansão da Rede Globo por 2 meses e, com essa exposição, tornou-se uma celebridade da noite para o dia. Teve a chance de posar para a revista Playboy – com direito a estampar algumas fotos na edição americada de junho -, participar de seriados, programas de TV, eventos, desfiles e campanhas por todo o Brasil. Hoje, Juliana é dona de uma grife de moda feminina que leva seu nome.
Durante uma de suas passagens por São Paulo, Juliana recebeu a equipe da Interligado e nos contou sobre a sua experiência que teve ao participar de um reality show e ver sua vida privada virar pública.

Interligado: Como surgiu a ideia de se inscrever no BBB?
Juliana: Eu estava fazendo um trabalho como modelo na Turquia, mas tive um problema de saúde e precisei voltar ao Brasil. Chegando aqui uns amigos insistiram para que eu me inscrevesse e fui selecionada. Mas não foi nada planejado. Nunca tinha me visto dentro de um reality show antes.

I: Você entrou no BBB para ficar famosa ou pelo prêmio de 1 milhão de reais?
J: Pelo dinheiro, sem sombra de dúvida.

I: A maior parte dos participantes do BBB tem fama instantânea. Você se considera famosa?
J: Não tem jeito! Aonde vou me reconhecem. Algumas vezes gritam meu nome, mas na maioria das vezes sabem quem eu sou, sabem quem eu fui.

I: Você sentiu falta de privacidade dentro da casa?
J: Sim, faz muita falta. A gente sabe que é o que nos espera, o confinamento, as câmeras, que tem todo mundo olhando. Mas chega uma hora que você fala que quer ser uma pessoa normal. Tem câmeras em todo lugar, até no banheiro.

I: Como é seu relacionamento com seus fãs?
J: É preciso ter muito tato para lidar com os fãs. Tem que se colocar no lugar deles para dar o que eles precisam, uma atenção especial, um carinho. Têm fãs que querem algumas coisas impossíveis como lhe ver todo dia, ir à sua casa, querem seu telefone. Então você tem que ter jogo de cintura para não frustrá-los. Porque depois que eles ficam frustrados fica muito ruim.

I: E os fãs que passaram a te admirar por causa da Playboy?
J: Eu acho que a pessoa não vai me olhar hoje pensando na Playboy porque já foram, se a gente fizer as cotas, umas 20 mulheres depois de mim. Então é uma coisa que passa. Eu fiquei meio assim de fazer porque não era nada que batia com meus objetivos de vida. Mas o dinheiro acabou compensando. Então eu acho que não é uma coisa que a pessoa vá se lembrar para sempre.

I: Qual exposição é maior: posar na Playboy ou participar do BBB?
J: A do BBB com certeza. Porque você atinge todos os públicos. Não é todo mundo que compra uma Playboy. O BBB tem um alcance muito maior.

I: Você sentiu dificuldade em retomar a vida normal após a saída do BBB?
J: A participação no BBB abriu muitas portas pra mim. Acho que por eu já ter trabalhado como modelo e apresentadora antes de entrar na casa as coisas foram mais fáceis. Eu participei e continuo participando de vários eventos e agora tive a chance de lançar a coleção feminina Juliana Góes. Meu objetivo é levar a marca às passarelas.

I: Recentemente você disse que em uma entrevista para seu fã clube que quer retomar a carreira jornalística. Você acha que terá dificuldades por já ter sido uma BBB?
J: Ser ex-BBB não mancha a nossa imagem, mas é um rótulo que a gente acaba tendo. Querendo ou não, é um rótulo que dura por algum tempo e eu preferi deixar de lado minha carreira jornalística para aproveitar tudo o que eu tivesse de trabalho, viajar, posar nua. Eu já fiz tudo o que eu tinha que fazer. Hoje em dia eu tenho uma imagem mais limpa então eu quero voltar com tudo. Eu acho que agora é a hora. Eu esperei dois anos para deixar a poeira baixar.

Você Lembra Deles?
Nem todos os participantes do Big Brother Brasil conseguiram estabelecer sua carreira na mídia. Dos participantes acima, quantos você se lembra?
Cleber Bam Bam, um dos brothers da primeira edição do programa, afirma que não há espaço para que todos virem celebridade: “Não tem espaço na mídia pra todo mundo. Tem espaço para as pessoas que se destacam, enquanto tiverem dando retorno”, afirma.
Ele comenta também sobre os 15 minutos de fama que elas conseguem: “A fama da maioria é instantânea, fazem seus minutos de fama, usufruem do momento de depois passa. Eu não sei dizer o que é isso porque minha fama não é instantânea”. Será?

Final Feliz
Assim como Juliana, alguns outros ex-big brothers conseguiram consolidar sua carreira e ter mais que 15 minutos de fama. É o caso de Grazi Massafera, participante da 5ª edição do reality show. Ela, que também era modelo, hoje carrega em seu currículo 130 capas de revista, mais de 20 campanhas publicitárias e 4 novelas globais.
Com Diego Alemão, que esteve no BBB 7, não foi diferente. O galã hoje é empresário e comanda uma empresa de publicidade chamada AW1.

Por Juliane Tomazi