sexta-feira, 7 de maio de 2010

Strike - Sucesso na Música e na Telinha

O cantor Marcelo Mancini, vocalista da banda Strike, fala sobre o sucesso que a banda alcançou com a ajuda da internet e da televisão
A banda de Pop-Rock Strike é sensação entre milhares de adolescentes por todo o Brasil. Aliadas ao sucesso do grupo estão a internet e a televisão, que contribuíram para que a banda alcançasse toda a visibilidade que tem hoje.

O vocalista Marcelo Mancini falou com a jornalista da Interligado Juliane Tomazi e nos contou um pouco mais sobre todo esse sucesso.
I: Marcelo, em primeiro lugar eu gostaria de agradecer por receber a equipe da Interligado e parabenizar você e toda a banda pelo lançamento do CD que está para acontecer né?
M: É um prazer receber vocês aqui. Nosso CD, que chama “Hiperativo”, é nosso segundo CD, e chega às lojas nas próximas semanas. Mas ele já está disponível pra download na internet, que é nosso maior canal de divulgação.
I: Já que você citou a internet, quais os outros meios que vocês usam para divulgar o trabalho do Strike?
M: Além da internet, nossa música estreou nas rádios, a gente vira e meche participa de um programa de TV, que é importante, em canais especializados em música, mas a gente procura manter na internet a nossa maior fonte de divulgação porque é lá que está o contato com nossos fãs. É o que aproxima e faz a gente ter um feedback instantâneo da galera sobre nossos lançamentos, as últimas novidades. Eu acho que independente do tamanho do sucesso que o artista está hoje em dia ele tem que estar sempre ligado na internet. Eu acho que é vital hoje pra qualquer artista estar falando ali pro seu público e eu acho que a internet é aonde as pessoas vão atrás das novidades e das notícias quando elas gostam de determinado artista. Então, assim, os downloads atrapalham na vendagem do CD, mas ao mesmo tempo traz muita coisa boa também.

I: Vocês tiveram a música “Paraíso Proibido” que foi tema de abertura de Malhação. Essa música foi feita especialmente para a novela?
M: Não, não. A gente nem sonhava com isso porque até então as bandas que integravam o casting pra fazer a abertura do programa eram só artistas renovados. A gente estava acabando de lançar o disco e a gente nunca imaginava que iria entrar, mas como a gente morava no Rio na época e tava muito difundido, meio que isso ajudou também. Então, a direção musical do programa tava ouvindo muito falar da gente, do nosso show lá no Terra Encantada, com 7 mil pessoas cantando a música, acho que isso acabou impulsionando.

I: Depois que a música passou a fazer parte da trilha da novela os fãs e o assédio aumentou?
M: Então, a base fiel de fãs cresce, mas ela continua ali né... Acabou que nossa música chegou na casa de muitas pessoas que não conheciam a banda. E pra aquele momento que a gente estava acabando de lançar nosso CD, foi uma ação promocional muito forte que alavancou bastante, então a gente tocou em feira agropecuária, a gente fez muita coisa legal, assim, inimaginável até então. E foi muito importante, a gente soube aproveitar muito bem aquela oportunidade, mesmo sabendo que as aberturas seriam rotativas, que não tinha chance da nossa música ficar lá 6 anos, como ficou a do “Charlie Brown”. Aí a gente aproveitou aquele ano ali, da melhor maneira possível, depois entrou “NX Zero”, agora já é outra banda, e por aí vai. E eu acho legal que isso vai abrir portas pra bandas novas

I: Como você lida com o assédio das fãs? Você se incomoda?
M: Não. Da melhor maneira possível. Eu acho muito legal. Os nossos fãs são assim bem educados. Eu acho legal pra caramba trocar idéia, eles gostam muito de falar sobre música. Existe assédio mais em dias de show, mas a gente se dá muito bem com isso. A galera se aproxima da gente de uma maneira tranqüila porque sabe que a gente dá atenção também, então eu acho que isso é uma fonte de energia boa você estar ali em contato com a galera, não é uma coisa que a gente corre dos fãs, acho que banda que faz isso não tem nada a ver, isso não é legal. Acho que você luta tanto pra ter um espaço, pra ter um reconhecimento e quando você tem você vai ficar recluso? Vai se esconder? Eu acho que isso não tem nada a ver.

I: Com todo o sucesso da banda vocês conseguem manter perfis em redes sociais como twitter e Orkut?
M: No twitter sim. No Orkut não porque eu tenho tantos “fakes” no Orkut. Eu fico triste porque às vezes eu vejo amigos meus de infância, que estudaram comigo respondendo, interagindo com os fakes... Eu falo: “poxa, sacanagem...”.

I: Hoje vocês conseguem freqüentar os mesmos lugares que vocês freqüentavam antes de se tornarem famosos?
M: Consigo. Às vezes eu encontro muita gente, falo com muita gente. Mas eu acho que esse negócio de fama não atrapalha. Eu nunca quero deixar de fazer as coisas que eu sempre fiz na minha vida inteira por causa de um momento da banda. Porque tudo é um momento, uma fase. Eu não quero ser escravo disso.

I: Em algum momento você sentiu sua privacidade invadida?
M: Ah já... Rola. Mas eu consigo lidar muito bem com isso. No dia que eu não estou num astral assim, eu procuro não ir a lugares que eu vou encontrar muita gente, eu fico mais na minha. E é raro também o dia que eu acordo assim meio no mal humor. Geralmente eu estou sempre disposto, tranquilão. Mas eu procuro sair e eu gosto de ter o contato com as pessoas. A gente é conhecido as vezes por algumas pessoas em situações inusitadas, mas não é nada assim que me deixe perplexo. É bacana e eu acho legal. E ao mesmo tempo acho que isso faz parte né, porque de certa forma você está invadindo a casa das pessoas, levando música, levando uma entrevista, alguma informação, e as pessoas também de alguma forma se sentem próximas de você, acabam por alguma razão te achando simpático, então quando encontram umas ficam com vergonha, outras às vezes falam alguma coisa legal. De a privacidade ser invadida já rolou, mas você tem que saber lidar de uma maneira legal, tem que sair bem das situações assim, sem magoar as pessoas. E ao mesmo tempo quando você estiver em uma situação que tiver que impor respeito você tem que saber também impor e falar de uma maneira firme pras pessoas poderem te respeitar.
 Por: Juliane Tomazi